terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Reformas Ensino Básico

"Um relatório da OCDE elogia as reformas do Governo de José Sócrates no Ensino Básico. O primeiro-ministro, visivelmente satisfeito com os elogios, aproveitou-os para criticar os partidos de Oposição.

A OCDE refere no seu estudo que as reformas que o Governo socialista encetou em 2005 "reflectem uma visão política clara e um elevado nível de conhecimento estratégico", bem como uma "resposta corajosa e imaginativa" aos desafios do sistema educativo que não produzia os "resultados necessários".

Dessas reformas encetadas pelo Executivo de José Sócrates resultaram efeitos que são qualificados de positivos pela organização internacional que aponta como exemplo “o excelente modelo de formação contínua dos professores”, a que acresce, no seu ponto de vista, a presença de formadores de professores nos agrupamentos de escolas.

Mas nem todas as considerações tecidas no relatório são abonatórias, havendo algumas recomendações que a OCDE faz ao Governo português no sentido de melhorar o sistema de ensino básico em Portugal."


13 comentários:

Unknown disse...

É pena de facto haver tanta critica destrutiva em relação as reformas....As coisas tinham k de facto mudar...agora mexeu-se com a vida de mt gente k passava o dia de papo para o ar...Claro k ficaram xateados....obviamente k nao gostaram...

Dani girl disse...

Concordo plenamente contigo. Aqui não é referida a questão de avaliação de professores que é de momento a medida mais contestada, mas parece-me de todo necessária para premiar os bons professores (que os há e bastantes), em vez de continuarem todos a progredir sem precisarem preocupar-se em fazer ou não um bom trabalho. Chega de progressões automáticas na carreira. Sobe-se por mérito e mais nada.

Ricardo disse...

É como dizes Roberto estavam habituados a ter montes de regalias e agora choram...
Eles que trabalhem que todos nós trabalhamos e podemos estar 40 anos sem progredir na carreira!!!

Dani girl disse...

Não te entendo, Ricardo. Ainda há relativamente pouco tempo (foi no dia em que fomos a casa da Ana Isabel ver o álbum de casamento) estávamos eu, tu e o Daniel a conversar no carro e recordo-me perfeitamente do teu comentário acerca desta questão. Disseste que achavas muito bem que contestassem porque estavam a mexer com direitos deles que já tinham adquirido há muito tempo e, aliás, que se tu estivesses no lugar deles, farias exactamente o mesmo.
Eu não estou numa de implicar contigo mas parece-me que ou mudaste de opinião ou então nota-se alguma incoerência na tua posição em relação a este assunto...

Ricardo disse...

Ah?!

Não... a minha opinião sobre este assunto sempre foi contra! Eu nunca concordei com progressões automaticas de carreia (e o nuno bem sabe isso e das conversas que já tivemos), em relação ao professores sempre disse o mesmo! Eles devem ser avaliados e progredir de acordo com as suas competências. Nunca ninguem me ouviu dizer o contrario... eu nunca os apoiei! Eu compreendo que eles contestem porque estão a mexer com regalias que eles têm! Se o teu patrão chegasse à tua beira e te dissesse Daniela apartir de hoje vai trabalhar mais 10h por semana... tu ficavas contente e não dizias nada?
Eu compreendo a luta deles mas não a apoio nem nunca apoiarei!
Compreender é uma coisa, apoiar é outra!

Dani girl disse...

Ainda bem que esclareces porque na altura fiquei com a ideia que estavas de acordo.

Magui disse...

Já que me deram abertura para continuar a deixar as minhas opiniões, vou discutir aqui um ponto que de certo vocês não devem saber...
A respeito da avaliação dos professores, uma das questões mais contestadas é a progressão de carreira através de cotas, ou seja dependendo do número de professores numa dada área a ser avaliada, apenas um X poderá ser promovido, mesmo que o número de professores a merecer promoção seja superior. Não consigo ver jústiça nenhuma neste tipo de avaliação.Vão começar a aparecer os "padrinhos" a promover os "afilhados". Não sei se algum de vocês alguma vez passou por um processo de avaliação, eu já, e uma coisa vos digo, não existe jústiça nenhuma!!A progressão directa é má, mas ao menos é igual pra toda a gente...não existem favorecimentos!

Dani girl disse...

Sim, é verdade. Esse ponto parece-me de todo injusto. Ora se cumpre todos os requisitos e tem "nota" para ser promovido, então todos esses devem ser promovidos. Eu não conheço o modelo em pormenor, só o que vou ouvindo falar e recordo de nesse ponto lhes dar toda a razão. O que me parece mal é contestarem o modelo como um todo e não estarem dispostos a negociar os pontos que consideram injustos. E a intransigência que têm demonstrado só funciona contra eles, no que diz resperito à opinião pública. Embora não conheça o modelo proposto em pormenor, parece de extrema importância diferenciar os "bons" dos "maus" professores.

Hercules disse...

Pois a mim esse ponto parece-me danos colaterais...

Se estivermos numa empresa e todos formos excepcionais, nao ker dizer k vamos todos subir de posto...pois so uma pessoa o podera fazer.....

As vagas existem, sao poucas, e tem k ser para o melhor....

E assim em todo lado, pk nao para os professores....E nao me digam k nao ha um melhor k todos os outros....

Dani girl disse...

Sim, isso é verdade. Mas se avaliação for realizada com base em critérios objectivos (mais uma vez, não sei ao certo como é realizada) deverá nesse caso, existir algum critério que permita diferenciar. Senão será difícil de seleccionar e haverá decerto contestação.

Dani girl disse...

No fundo, aquilo que mais me incomoda e que considero que deva ser melhorado é o facto de tantos miúdos referirem que não gostam de matemática ou não gostam de físico-química ou então de filisofia ou outra qualquer, sendo que a razão apontada é porque não gostam do professor. Eu sei que é sempre uma opinião subjectiva gostar ou não de alguém ou até de uma determinada disciplina mas quando uma turma quase completa deixa de se interessar por uma disciplina e as notas demonstram isso mesmo, alguma coisa vai mal...

O Shihan disse...

Depois de passar por aqui não consegui deixar de intervir. Já repararam que o que se tem discutido e o que preocupa toda a gente sobre educação é tudo menos o que deveria interessar? Parece que ninguém se preocupa em discutir a qualidade e melhoria do ensino em Portugal, bem pelo contrário, ao nosso estilo, hoje como sempre, continuamos a dispensar energias apenas para o acessório. O resultado de tudo isto, será nos ressentirmos da irresponsabilidade deste vício, da mesma forma que hoje em muitos aspectos da nossa sociedade nos ressentimos de outros em tudo idênticos.

Privilegiados nas nossas opiniões como somos, deveríamos ser sérios no que defendemos e não nos deixarmos levar pela demagogia política de quem nos governa. Em vez de defender posições circunstancias que nada resolvem o objectivo primeiro das escolas: o dever de ensinar, ensinar bem e preparar as crianças e jovens de hoje para serem adultos melhores amanhã, do que os adultos das gerações anteriores foram, deveríamos lutar e exigir por melhor educação, mas quanto a isso pouca gente parece se preocupar, sejam professores, sejam os responsáveis políticos pagos para o fazer, ou os pais que cada vez vêem mais a escola como um local onde depositam o filho durante grande parte do dia - se passarem sempre, mesmo não sabendo nada, tanto melhor.

Quanto a estas maravilhosas reformas, protagonizadas por este magnífico ministério da educação só tem um objectivo e esse é apenas o económico, quem conseguir ver outro que o diga. As restantes políticas deste ministério da educação nem vale a pena comentar, o futuro irá falar por si mesmo, e não será meigo para este departamento do "engenheiro" Sócrates.

Magui disse...

Concordo plenamente contigo...quando penso no futuro e vejo os meus filhos a serem afectados por estas novas reformas, fico aterrorizada! Não quero um sistema que tudo faça por números, que apenas pense nas estatisticas do sucesso!!! Mas que sucesso? Um sucesso só de fachada! Novas oportunidades, ensino superior para +23, o que é isto? Já não é preciso saber? Já não é preciso ter um certo grau de cultura? Claro que não, agora basta teres uma certa idade e tempo pra pesquisar trabalhos na net...e "toma lá o teu diploma"!!
Não quero isto para os meus filhos!