terça-feira, 23 de setembro de 2008

Ensino: 190 professores agredidos por alunos e pais


No passado ano lectivo, quase 200 docentes foram alvo de agressões por parte de alunos ou encarregados de educação. Estes foram apenas os que recorreram à linha SOS Professor.

Agressões, ameaças, indisciplina e comportamentos delinquentes atingiram docentes dos 20 aos 69 anos, durante o passado ano lectivo, noticia a Lusa.

Segundo os dados da Linha SOS Professor, dos 124 telefonemas recebidos até Abril, 109 eram de professoras. No total, foram denunciadas 45 situações de indisciplina, 65 agressões verbais e 38 físicas.

Embora as mulheres sejam mais frequentemente alvo de agressões, não existe um perfil de docente que seja sinónimo de maiores probabilidades de se ser vítima, garante a psicóloga Joana do Carmo da Linha SOS Professor.

A idade, os anos de experiência ou o grau em que se lecciona influem pouco no resultado da má relação professor-aluno ou professor-encarregado de educação.

Regresso ao 'local do crime'

"Todas as situações são desgastantes para os docentes: existem situações de grande intensidade mas menos frequentes e situações de baixa frequência mas com muita intensidade", detalha a psicóloga.

"Um professor que tenha sofrido uma agressão de extrema violência em frente à escola, sendo vítima de uma bofetada, murros ou puxões de cabelos, fica com sintomas de stress pós-traumático", explica.

Depois da agressão vive "constantemente angustiado" com a ideia de poder encontrar o agressor, não conseguindo aproximar-se do local do crime, exemplifica. Obrigado a regressar à escola, o docente começa a ter sintomas como "tremores e sensações de desmaio quando se aproxima do recinto, não conseguindo ir sozinho ao local"

Setembro torna-se, para alguns professores, sinónimo de regresso ao "local do crime".



Ricardo, perguntaste quantos professores existem e quantos foram agredidos. Para mim, 1 que seja, já é demais. Experimenta tu ser agredido por algum colega de trabalho no teu caso. No caso deles, são alunos. Filhos de outros que se supunha terem o mínimo de educação e civismo.

Mas se fores só tu, não é grave para o país. Porque não é "normal" acontecer.

1 comentário:

Ricardo disse...

Daniela, eu concordo quando dizes que UM caso já é muito, mas não concordo quando dizes que isso é o normal. Segunda a tua propria definição, o normal é o que está em maioria (em breves palavras) e sendo assim e tendo em conta que existem cerca de 130.000 professores em POrtugal, 200 casos que sejam (que são muitos) não podem ser considerados como normais, isso são anormalidades!